Finalmente estamos na metade do caminho, chegando às 21 semanas. Ai meu Deus, só de pensar que ainda falta um tempão pra eu ver o meu irmãozinho!! Eu, perguntando à minha mãe quantos minutos faltam e ela vem me dizer que só depois das férias. Vê se pode!
Mais um fim de semana na Barra do Paraguaçu. Nossa! Eu não canso de ir pra lá e choro quando é hora de voltar.
Hoje o dia é especial, é dia de festa. É aniversário de meu pai.
Paizinho lindo do meu amorzinho, desculpa as minhas mal-criações. Mas é no seu colo que eu me protejo quando me assusto, é você que leva pra tomar banho de mar quando tem ondas e que me leva pra andar de cavalo – “Corre, Castanhão!”, lembra?! Você me deu confiança o bastante pra subir sozinha até a minha sala de aula, só olho pra trás pra te mandar um beijo, dizer tchau e pedir pra que você cuide bem de Clementina. Fiquei muito feliz quando você decidiu parar de fumar. Você está muito mais cheiroso agora. Sua barba por fazer faz cosquinha na hora de me acordar. A gente pesca siri na Barra. É muito mais legal perturbar a mamãe com você junto. Ah! A gente tem que brincar mais com aquele Hot Wheels que eu te dei no dia dos pais. Você me deu dois irmãos lindos que eu amo muito. E agora eu vou ganhar mais um.

Eu te amo, papai.

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Depois de um longo inverno fomos para a Barra do Paraguaçu no fim de semana. O tempo não tava lá essas coisas, mas a Barra é a Barra, chova ou faça sol. Aliás, basta citar o nome, que eu já estou de mochila pronta e chinelo no pé, em direção à porta. Eu e Jazz, é certo.
Fomos de última hora no sábado, debaixo de um toró daqueles. Mas era aniversário de Tita Tânia e não poderíamos faltar.
No domingo, felizmente, a chuva deu uma trégua, deu até pra ir à praia um pouquinho, muito embora o sol estivesse se fazendo de rogado, ora aparecia, ora ficava atrás das nuvens, num esconde-esconde sem fim.
Praia na Barra é sinônimo de caçar carangondé (também conhecido como ermitão). É pegá-los na água, trazê-los para areia e deixá-los voltar para o mar. Não precisa mais que isso. Jazz também arrisca os seus banhos, mas ele não vai muito longe, basta que molhe suas orelhas que ele sai correndo da água.
Voltamos ontem depois do almoço. Exaustos. Jazz nem reclamou na hora de entrar no carro. Eu também não. Deu até uma preguicinha pra ir pra aula hoje, argumentei dizendo que precisava cuidar do meu irmãozinho, pra poder ficar em casa, mas não teve jeito, não.
Hoje começa a primavera. Termino o post de hoje com o trecho de um texto de Cecília Meireles e fotos do nosso fim de semana.
Uma ótima semana pra você! ;o)

“(...) Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.”
(Primavera - Cecília Meireles, Obra em Prosa, Volume I)

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Pode ser um grandissíssimo clichê, mas é a mais pura verdade. A minha primeira vez foi no sábado, de manhã bem cedinho. A gente saiu de casa, eu ainda estava com fome, íamos dar uma volta e depois tomar café na Perini. O problema estava justamente nessa bendita volta. Quando o papai parou o carro eu reconheci o lugar, porque a mamãe já havia estado lá. Cheguei, fiquei me distraindo com uns brinquedinhos. Achei que era a mamãe que ia de novo, por causa do meu bebê. Ledo engano. Mas eu só percebi quando era tarde demais, chamaram meu nome e lá me levaram pra uma salinha com umas pinturas na parede, só mesmo pra disfarçar a sala de tortura que estava instalada ali. Comecei a chorar, de nervoso mesmo, morrendo de medo. E olha que eu já tinha levado o meu pai e segurado a mão dele pra ele não chorar. Mas quando chegou a minha vez, estava eu lá, no colo da minha mãe, meu pai tentando me distrair e chorando. Isso tudo pra fazer um exame de sangue. Depois que aquela bruxa malvada deu a picadinha não doeu mais, eu parei de chorar. Na verdade, eu tava com medo que fosse doer muito mais do que doeu. Foi a antecipação pra ir pra guilhotina, sabe?! ;o) Durou pouco tempo – muito mais foi a preparação para o abate -, ganhei um copinho e um “Certificado de Coragem” e da mamãe uma caixinha de adesivos de princesas. Aí sim veio a parte boa: o café da manhã na Perini. Suco de laranja, um sanduíche bem gostoso. Também, né?!, fazia um tempão que eu tinha comido alguma coisa. Na volta encontramos vovó voltando do mercado e demos uma carona pra ela. De firula, fiquei umas duas horas sem querer dobrar o braço, com receio que doesse. Mas foi só chegar em casa, lembrar que tinha aniversário na piscina que tudo ficou 100% novamente. E o final de semana foi bom demais. Além do aniversário na piscina, à noite fui à casa da vovó porque mamãe e papai saíram pra jantar com uns amigos e no domingo teve praia, parquinho, almoço no restaurante, picolé de sobremesa, pipoca na casa da vovó... ufa! Cansei!
Uma boa semana pra todos!!!

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O nome vem do Latim, significa “Francês”.
É o nome do meu pai e foi o nome de seu avô.
Meu pai é pra lá de especial. Ele já o seria pelo simples fato de ser meu pai, mas o é por muito mais. Ele está sempre de alto astral, a não ser no trânsito. Ele fica meio estressado e eu acabo aprendendo umas palavras diferentes nessas horas... ;o) Mas eu sei que é bobagem, inclusive já até falei pra minha avó pra ela conversar com ele quando ele falar essas palavras bobas.
Nessas duas semanas em que minha mãe estava de repouso, a gente fez muita coisa. Escola, balé, passeios, ele estava em todas. No carro, altos papos (quando não tinha stress). Nos fins de semana, São Pedro deu uma trégua, rolou praia na frente da casa de minha avó, rolou piscina também. Até lanche no McDonald´s rolou!
E foi aí que eu vi que a gente tem muita coisa em comum. Os olhinhos, puxadinhos, são dele. As perninhas grossas também (graaaaaaaças a Deus...). Esse jeitinho de fazer amizade com Deus e todo mundo na fila da padaria ou da farmácia, com certeza, é ele todinho – minha mãe é um bicho do mato maior do mundo. Enfim, é muita coisa. E não poderia ser diferente. Metade do que eu sou é culpa dele, né?!
Bom, hoje de manhã, ao contrário dos outros dias, minha mãe foi também me deixar na escola. Levei o cartaz que havíamos feito na véspera sobre a biodiversidade da Amazônia, o nosso projeto para a Feira de Conhecimento. Modéstia à parte, caprichamos. De lá, papai e mamãe seguiram para o médico.
No fim da manhã, quando me buscaram na escola, estavam cheios de novidade. Parece que o repouso acabou – falta a confirmação do médico -, já que a placenta subiu e está no seu devido lugar. Meu bebezinho está ótimo, se desenvolvendo bem, já com 225gr aproximadamente e 144 batimentos cardíacos. 18 semanas completando hoje. O pé continua enorme e segundo os dois, o bebê é bem bochechudinho. O narizinho parece também arrebitado, como o meu, que dava pra ver direitinho nas ultras.
De presente ganhei uma cadeira nova, um booster. Coisa de irmã mais velha, se é que você me entende. Eu adorei. A outra era mais alta, dava pra ver mais coisa na rua, mas eu sentia muito calor e ficava meio presa.
Bom, o fim de semana está aí e desta vez mamãe vai poder nos acompanhar nos nossos programas.
Ah, sim... quase ia me esquecendo... Francisco também será o nome do meu irmãozinho.

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