quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Pela primeira vez. De novo.
Hoje quem escreve é a mamãe. Manu está curtindo o restinho do recesso de carnaval.
Estou apaixonada. Amor à primeira vista. Novamente. E eu que pensava que não era possível. Meu coração agora se divide entre uma menina de olhos bem pretos e nariz arrebitado e um rapazinho careca e banguela, de dedos longos, choro forte.
Francisco chegou no dia 11 de Fevereiro, pela manhã. Com 3640kg e 51,5cm. Achei que ele não fosse avisar que tava na hora, mas que nada. Foi a dor mais gostosa que senti na vida. Já tinha chegado a um acordo comigo mesma de que não poderia entrar em trabalho de parto ativo, por conta de tudo o que vivi no ano passado, o probleminha no coração e a falta de um diagnóstico definitivo – avc, ait, enxaqueca com aura, ninguém soube afirmar com certeza absoluta. E não poderia me dar ao luxo de botar tudo a perder depois de um início de gravidez tão conturbado. Afinal, se dependesse de alguns cardiologistas e neurologistas que tive a felicidade de conhecer no ano que passou, Francisco não estaria hoje aqui conosco. Mas, enfim, águas passadas.
Não tem como não incorrer em comparações, muito embora estejamos tratando de duas pessoas distintas. Manuela e Francisco são tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Muito parecidos fisicamente - já me peguei chamando Francisco de Manu algumas vezes -, e com estórias e personalidades tão diferentes.
Manu é uma irmã mais velha de primeira. Aliás, falando em primeira, ela foi a primeira a segurar Francisco quando ele veio pro quarto. Quer sempre ajudar, participar e em algumas ocasiões, como não poderia ser diferente, reclama atenção com algumas estripulias e algumas tolices.
O tempo que antes já era escasso, agora, então, nem se fale. Ainda mais nesse primeiro mês em que nós temos que nos adaptar uns com os outros. Mas tudo se ajeita, não é mesmo?!
Manu brincou o seu primeiro carnaval este ano. E pela primeira vez eu não pude estar presente. Ela chegou em casa empolgadíssima e queria brincar todos os outros dias. Tinha como não puxar aos pais?
Francisco chegou trazendo boas novas. Ele, tão pequenininho, me ensina a respeitar as diferenças, a respeitar o tempo de cada coisa, bem como o meu tempo também. Me ensina que no meu coração cabe muito mais amor do que eu pensava capaz. E me ensina que os muitos cabelos brancos que adquiri nos últimos meses estão sendo recompensados por uma alegria sem igual.

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
 
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